Iniciativa que começou há dois anos já atende pacientes com paralisia cerebral, autismo e outras deficiências, e ganha novo impulso com a Equitação Lúdica para os praticantes do projeto.
Soure – Em um cenário onde a inovação se une a busca por qualidade de vida, o projeto de equoterapia de Soure vem se destacando pela sua abordagem inclusiva e transformadora. Idealizado há dois anos pelo Dr. Renato Abrantes, Médico Veterinário, equoterapeuta certificado e Coordenador do Projeto de Equoterapia no município, em parceria com a secretária de Promoção e Assistência Social, Clara Lobato, a iniciativa partiu de um sonho em levar esse serviço à população e também da necessidade de proporcionar, em um formato diferenciado e atrativo, melhorias na saúde física e mental dos praticantes.
Segundo Renato Abrantes, “o projeto iniciou há dois anos, quando, juntamente com nossa secretária de Assistência Social, Clara Lobato, idealizamos esse sonho, o colocamos no papel e o executamos de forma coesa, alcançando um grande sucesso na execução.” Inicialmente, com cerca de 15 praticantes, a adesão foi surpreendente: “em apenas um mês, esse número aumentou para 20, atendendo pacientes com paralisia cerebral, autismo e outras deficiências, o que resultou na significativa evolução dos nossos praticantes.”
O entusiasmo e os resultados positivos da equoterapia fizeram com que o projeto passasse por uma nova fase de expansão. Atualmente a equipe ampliou o número de praticantes, em resposta à crescente demanda do município. “Nossa tendência é dobrar esse número, o que é muito positivo, pois a gestão pública está abraçando a causa, ampliando o número de equoterapeutas e permitindo que o município seja bem atendido”, destaca Abrantes.
A novidade para 2025, trazida pela nova gestão, é o lançamento de um projeto de Equitação Lúdica voltado para praticantes que alcançam os praticantes que alcançam a última etapa da equoterapia, que é a equitação. “Os participantes serão os praticantes das turmas que já passaram pelo programa e receberam alta, permitindo a continuidade do trabalho desenvolvido na equoterapia. Essa iniciativa é muito positiva, pois contribui para que cada praticante progrida continuamente, refletindo melhorias tanto no ambiente familiar quanto no escolar”, explica o coordenador. Segundo ele, a expectativa é que esse movimento gere reflexos positivos na sociedade, com “pessoas mais instruídas e com um maior fortalecimento físico e mental.”
Entre os beneficiários, a história de Maria Duarte ilustra o impacto pessoal dessa terapia. Mãe de David, um menino de 7 anos diagnosticado com autismo nível 1, Maria compartilha suas expectativas: “Eu sou mãe do David, de 7 anos. O David é uma criança autista nível 1, e nós estamos aqui iniciando o processo de equoterapia. Viemos aqui através da fono, Dra. Briane. Ela nos solicitou que ele fizesse a equoterapia pra ver se melhora a rigidez cognitiva que o David tá apresentando.” A mãe ressalta os benefícios da interação com o animal, enfatizando a importância do tratamento para a socialização e o desenvolvimento cognitivo do filho. “Espero que ele melhore, que a gente tenha êxito nessa equoterapia, que outras crianças, assim como ele, tenham acesso a essa equoterapia e facilite a vida, né, porque nós mães queremos que nossos filhos vivam bem, vivam em sociedade, consigam interagir, consigam viver bem.”
O projeto de equoterapia em Soure representa, assim, não apenas uma alternativa terapêutica, mas uma verdadeira política de inclusão e qualidade de vida. Com resultados que se multiplicam a cada nova turma e a perspectiva de incorporar a Equitação Lúdica, a iniciativa se consolida como um modelo para outros municípios que buscam integrar saúde, educação e bem-estar de forma inovadora e acessível.